Este exame é realizado pela ingestão de uma microcâmera semelhante a uma cápsula de vitaminas grande, que desce naturalmente pelo aparelho digestivo e ao mesmo tempo vai fotografando a mucosa do trato digestório, principalmente do intestino delgado.
As imagens são transmitidas a um gravador que fica num cinturão colocado no abdômen do paciente. Estas imagens serão depois analisadas pelo médico, num monitor de vídeo de um computador. A cápsula endoscópica é destinada ao exame do intestino delgado e não deve ser usada para o diagnóstico de doenças do esôfago, estômago e duodeno. Existe também uma cápsula para estudo não invasivo dos cólons que deverá ser utilizada em casos clínicos excepcionais.
A cápsula é um método que permite apenas visualizar a mucosa do intestino delgado e não serve para realizar biópsias ou tratamentos, como a remoção de pólipo ou tratar hemorragias.
O exame demora 8 horas. Após passadas 8 horas, o paciente remove o cinturão do abdômen e o devolve para o médico. A cápsula é descartável e é eliminada naturalmente pelo movimento do intestino. Isto geralmente acontece em até 3 dias depois do exame.
Quais são os riscos?
As complicações pelo uso da cápsula são raras. Abaixo são descritos os problemas mais frequentes. É importante saber que nem todos os problemas são previsíveis.
Em casos raros a cápsula não é eliminada normalmente e pode haver obstrução intestinal, com necessidade de cirurgia ou endoscopia para sua remoção. Pessoas com estreitamentos no intestino ou que já sofreram cirurgias abdominais têm maior risco de obstrução pela cápsula.
Raramente, partes do intestino delgado não são examinadas adequadamente, o que pode levar a um diagnóstico incorreto. Isto pode acontecer quando a cápsula demora mais tempo para descer, quando há resíduos no interior do intestino, quando há interferência de campos magnéticos no funcionamento da cápsula, quando o cinto é removido antes do tempo certo, ou por mau funcionamento da cápsula.
Durante a deglutição, a cápsula também pode ficar presa na parte de trás da garganta. Nestes casos é necessária a remoção da cápsula por um médico com equipamentos adequados. Estes problemas são mais prováveis de acontecer em pessoas que têm dificuldade para engolir.
Cuidados durante e após o exame?
Não remover o cinturão antes do término do exame.
Evitar proximidade de campos magnéticos fortes. Enquanto a cápsula não for eliminada, o paciente não poderá ser submetido a exame de ressonância magnética.
Ainda não se sabe se a cápsula pode alterar o funcionamento de marca-passos ou desfibriladores cardíacos e por isso o seu uso não é recomendado nesses pacientes.
Se após o exame o paciente tiver febre, dores ou distensão abdominal, dor no tórax, falta de ar ou dificuldade para engolir, ele deverá ir a um serviço de emergência ou procurar seu médico, para esclarecer se há alguma complicação.
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